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PRÓPOLIS X DOENÇAS RESPIRATÓRIAS


Produzida pela abelha-melifera (Apis mellifera) e por outras espécies de abelhas, a própolis é uma mistura resinosa natural proveniente de substâncias coletadas dos brotos e exsudatos de algumas espécies de plantas. No caso da própolis da Apis Brasil, também conhecida como própolis verde, a principal fonte dos seus componentes é a Baccharis dracunculifolia DC., planta popularmente conhecida como alecrim-do-campo. A sua principal função na colmeia é a proteção contra fungos e bactérias que podem ser prejudiciais ao equilíbrio dessa comunidade.

As suas aplicações vão desde o tratamento de afecções do trato respiratório inferior (pulmões e brônquios) e superior (fossas nasais, faringe, laringe, cordas vocais) até a cicatrização de feridas, tratamento de queimaduras, herpes e acne devido as suas atividades anti-inflamatória, antialérgica, antiasmática, expectorante, antimicrobiana de amplo espectro (antiviral, antibacteriana, antifúngica e antiparasitária) e reparadora dos tecidos, dentre muitas outras (Hellgren et al 2010).

A rinite é uma doença sintomática do nariz, com obstrução nasal, secreção e espirros induzidos principalmente pela exposição a alérgenos, bactérias ou vírus. Trata-se de um problema global de saúde, que afeta a vida social, sono, escola e trabalho, independentemente do sexo, idade e origem étnica (Wagh 2013). A própolis verde aliviou espirros e coceiras nasais em casos de rinite alérgica por inibir a liberação de histamina (Hellgren et al 2010).

Em casos de pacientes portadores de bronquite asmática, a utilização da própolis verde diária, durante um período de 2 meses, apresentou uma menor incidência de crises com uma melhora considerável na função respiratória (Sy et al 2006).

Diversos estudos demonstraram que a própolis possui ampla atividade antiviral, antibacteriana, tanto em espécies gram-positivas como gram-negativas, antifúngica e anti-parasitária fazendo dela um antimicrobiano de primeira linha (Wagh 2013, Henatsch et al 2016, Soltani et al 2017).

Em estudos realizados em camundongos e ratos, nenhuma reação adversa foi relatada após a administração da própolis verde (Sforcin et al 2002, Mani et al 2008). Embora sejam raras, alergias e dermatites de contato podem ocorrer (Mani et al 2008).

Comprovadamente a própolis verde é muito segura e eficaz em enfermidades de diversas naturezas!

Referências:

Hellgren J.; Cervin, A.; Nordling, S.; Bergman, A. Cardell, L.O. (2010) “Allergic rhinitis and the common cold—high cost to society.” Allergy, 65 (6), 776–783. Henatsch, D.; Wesseling, F.; Kross, K.W.; Stokroos, R.J. (2016) Honey and beehive products in otorhinolaryngology: a narrative review. Clinical Otolaryngology. 41(5), 519-531. Mani, F.; Damasceno, H.C.R.; Novelli, E.L.B.; Sforcin, J.M. (2008) “Biochemical determinations of propolis-treated rats: effects of different concentrations, extracts and intake period,” Biosaude, 10 (1), 3–16. Sforcin, J.M.; Novelli, E.L.B.; Funari, S.R.C. (2002) “Seasonal effect of Brazilian propolis on seric biochemical variables,” Journal of Venomous Animals and Toxins Including Tropical Diseases, 8, 244–254. Soltani, E.K.; Cerezuela, R.; Charef, N.; Esteban, M.A.;Zerroug, M.M. et al (2017) Algerian propolis extracts: Chemical composition, bactericidal activity and in vitro effects on gilthead seabream innate immune responses. Fish and Shellfish Immunology 62, 57-67. Sy, L.B.; Wu, Y.L.; Chiang, B.L.; Wang, Y.H.; Wu, W.M. (2006) “Propolis extracts exhibit an immunoregulatory activity in an OVA-sensitized airway inflammatory animal model,”International Immunopharmacology, 6 (7), 1053–1060. Wagh, V.D. (2013) Propolis: A Wonder Bees Product and Its Pharmacological Potentials Hindawi Publishing Corporation Advances in Pharmacological Sciences. Article ID 308249, 1-11. Dr. Rogério da Silva Veiga Doutor em Ciências da Saúde pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo


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