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A CONTRIBUIÇÃO DA PRÓPOLIS PARA O SISTEMA IMUNOLÓGICO


A própolis tem despertado o interesse da sociedade nas últimas décadas por apresentar inúmeras propriedades terapêuticas e farmacológicas. No entanto, a própolis não é uma nova descoberta. No passado, era utilizada pelos egípcios para embalsamar seus mortos e também há relatos de sua utilização em épocas de guerra, para cicatrização de feridas. Além disso, ela tem sido utilizada por séculos na medicina popular. Sua comercialização tem sido realizada intensivamente nos últimos anos e seu uso está cada vez mais frequente pela população. Dentre as várias propriedades atribuídas à esta resina natural, está a denominada imunoestimulante.

Ao afirmarmos que a própolis é imunoestimulante, dizemos que ela é capaz de estimular nossos mecanismos naturais de proteção contra as doenças. Antes de tudo, é importante lembrarmos que o sistema imunológico é constituído por uma intrincada rede de órgãos, células e moléculas e tem por finalidade manter a homeostase (equilíbrio) do organismo combatendo as agressões em geral (vírus, bactérias, etc).

Uma das formas de imunomodulação pela própolis ocorre através da ativação dos macrófagos. Estas células desempenham um papel fundamental na defesa do organismo, através da fagocitose, geração de radicais livres, mediação de processos inflamatórios e secreções de uma variedade de substâncias bioquimicamente diferentes como, enzimas, citocinas e componentes do sistema complementar. A ação da própolis sobre os macrófagos resulta em aumento da capacidade fagocítica, ou seja, a capacidade de destruição de agentes invasores do nosso organismo. Algumas amostras de própolis do Brasil e da Búlgaria, são capazes de aumentar a atividade bactericida dos macrófagos, porém estudos revelaram maior eficiência da própolis brasileira, provavelmente em função de sua composição química diferenciada. O efeito adjuvante da própolis verde tornou-se ainda mais evidente no teste de capacidade de proteção vacinal, pois a inclusão do extrato etanólico nas vacinas experimentais aumentou o percentual de animais protegidos contra a Herpesvírus suíno tipo 1. A análise química desse tipo de própolis, revelou altos níveis de compostos fenólicos e a atividade imunoestimulante dos compostos fenólicos é atribuída ao incremento da proliferação de linfócitos (células do nosso sistema imune).

A própolis possui grande efeito sobre as células envolvidas na resposta inata (resposta rápida do organismo presente em todos os indivíduos), sobretudo na produção de anticorpos, em que a administração de própolis a 10% mostrou ao final de 15 dias ser suficiente para aumentar a produção de anticorpos em ratos. Segundo esse estudo, duas substâncias chamadas de quercertina e ácido caféico isolados da própolis não possuem esse efeito sobre a produção de anticorpos, o que corrobora a hipótese do efeito da própolis resultar no efeito sinergístico (em conjunto) das suas centenas de constituintes. Outro estudo concluiu que a administração do extrato de própolis em frangos de corte, através da ração, estimulou o sistema imunológico das aves, melhorando a resistência das mesmas contra doenças.

Há anos que o extrato de própolis é indicado pela sabedoria popular como uma forma de prevenir enfermidades e, vários estudos já demonstraram o efeito benéfico dessa resina natural tornando-a potencialmente aplicável como uma substância imunoestimulante, contribuindo assim na prevenção de doenças.

Referências

1. Paulino; N. at al. Tratado de propoterapia clínica. Vol.1. São Paulo: editora Nelpa, 2016.

2. Cardozo,R.M; Barbosa,M.J.P at all.Efeito da própolis no estímulo do sistema imunológico de frangos de corte. Cascavel, v.6, n.2, p.7-13, 2013.

3. Fischer, G; Hubner, S.O at al. Imunomodulação pela própolis. Arq. Inst. Biol., São Paulo, v.75, n.2, p.247-253, abr./jun., 2008

4. Revista de apicultura: O apicultor. Ano 20 Nº71. Abri/Jun.11

5. Própolis e imunidade: comprovações científicas. Acessado em: 27/10/17. Disponível aqui


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